O deputado do PCP/Açores, Anibal Pires, defendeu hoje a necessidade de dinamizar na ilha Graciosa “o turismo ligado ao setor produtivo” e deu como exemplo a vitivinicultura, para a qual “é preciso encontrar” um programa de apoio.
“Além da questão termal, a ilha tem, em termos turísticos, outras potencialidades ligadas ao mar, mas também às culturas tradicionais. É importante não só para a Graciosa, mas para outras ilhas, encontrar-se um programa de apoio à vitivinicultura e à proteção da paisagem da vinha e ligar também a paisagem à produção do vinho”, afirmou Anibal Pires em declarações à Lusa.
O deputado, também líder do PCP/Açores, terminou hoje uma visita à Graciosa, tendo afirmado que “é preciso encontrar emprego” e para isso “olhar para as potencialidades de cada uma das ilhas”, alegando que “a dimensão da economia local cria um conjunto de problemas”.
No caso da Graciosa, destacou a cultura da vinha, considerando que “é preciso encontrar um programa de apoio e classificação da paisagem da vinha” ligando este potencial turístico à produção.
Anibal Pires alertou para outra iniciativa importante para a economia da ilha, o caso da adega, que comercializa o vinho e outros produtos agrícolas como o alho e a meloa, um projeto que “está aprovado, mas falta financiamento”.
O deputado referiu ainda a questão das Termas do Carapacho, que reabriram sem a componente termal, revelando que “vai dar entrada hoje um requerimento do PCP na Assembleia Legislativa a perguntar ao Governo [dos Açores] qual o custo das obras para repor o funcionamento das termas em pleno” e se estará o executivo com “intenção de fazer acionar garantias ou outros instrumentos para apurar responsabilidades” uma vez que “a obra tem menos de três anos”.
“Julgo que é fundamental que o Governo Regional possa acionar garantias no sentido de apurar responsabilidades uma vez que a obra é muito recente e claramente houve erros no projeto, na adequação dos materiais e na própria construção”, sustentou.
Aníbal Pires apontou ainda para a “exiguidade de espaço do porto da Praia” que presta apoio ao iatismo e recreio, criticando o executivo regional por ter “abandonando” uma “promessa” de construir a marina da barra, que “resolveria o problema do recreio marítimo e libertava espaço para a pesca no porto da Praia”.
No setor das pescas, Aníbal Pires apontou a questão do preço de venda em lota que “é muito baixo” deixando os pescadores “à míngua”.
Lusa