PCP denuncia “uso de cargos públicos” por candidatos do PS e PSD

O PCP/Açores apelou ao “bom senso” dos candidatos do PS e do PSD à presidência do executivo regional para que abandonem os cargos públicos que ocupam e que “continuam a usar na pré-campanha” eleitoral.

“Não há um dia em que não ocorra uma ação protagonizada por Vasco Cordeiro (PS) e Berta Cabral (PSD) que não seja relacionada com as eleições. Se eles estão a tempo inteiro na campanha, então algo está mal e deviam abandonar os cargos”, afirmou Aníbal Pires, coordenador regional do PCP/Açores, em declarações à Lusa.

Os comunistas açorianos já tinham anteriormente apelado a que Vasco Cordeiro abandone o cargo de secretário regional da Economia e Berta Cabral deixe as funções de presidente da Câmara de Ponta Delgada, para se dedicarem em exclusivo à campanha para as eleições regionais de outubro, onde vão disputar a presidência do executivo açoriano.

Aníbal Pires salientou que o exemplo mais recente que merece crítica foi a realização de ações de campanha por Vasco Cordeiro durante a sua deslocação ao Pico no quadro da visita estatutária do governo a esta ilha.

“É lamentável que Vasco Cordeiro apresente na qualidade de secretário regional da Economia um projeto nas Lajes do Pico e à noite realize um comício nesse mesmo concelho”, afirmou, acrescentando que o candidato socialista “sofre de estranhas metamorfoses políticas, que demonstram bem a falta de qualquer escrúpulo em aproveitar o cargo governamental para realizar campanha eleitoral”.

Por outro lado, Aníbal Pires acusou Berta Cabral, que também é líder do PSD/Açores, de ter “mentido ao declarar que o Complemento Regional de Pensão foi uma proposta dos social-democratas”, frisando que a candidata do PSD “assumiu a paternidade de uma proposta do PCP”.

“O Complemento Regional de Pensão resultou do projeto de decreto legislativo regional apresentado pelo PCP, que foi aprovado a 24 de novembro de 1999, numa votação em que Berta Cabral participou na qualidade de deputada”.

O dirigente comunista voltou a apelar ao “bom senso”, rejeitando “o histerismo pré-eleitoral que só descredibiliza a atividade política”.

 

Lusa

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