A Representação Parlamentar do PCP apresentou hoje um conjunto de propostas de alteração às propostas de Plano e de Orçamento para o ano de 2017, que estarão esta semana em discussão no Parlamento Regional, considerando que outras opções são possíveis e que é necessário um novo rumo para a governação regional.
As propostas apresentadas “apontam para um desenvolvimento assente na coesão social e territorial e na justiça social, demonstrando que as desigualdades e as assimetrias, que hoje se cavam cada vez mais fundo, não são inevitáveis, são o resultado de opções políticas deliberadas”.
O PCP considera que “os Açores são hoje uma Região a duas velocidades”, defendendo que “é uma realidade inegável desde logo no plano demográfico, com a perda de população em várias ilhas e a dificuldade de fixação de jovens por carência de emprego, quer público quer privado, que lhes permitam regressar às suas ilhas”.
Para João Paulo Corvelo “o Governo Regional não contraria as tendências de concentração económica e demográfica, pelo contrário estimula-as ativamente, demonstrando uma total ausência de visão de futuro. A ação política do Governo do PS tornou o desenvolvimento regional harmonioso entre as nove ilhas como letra morta na nossa Autonomia”, afirmando que este se trata de um Plano e Orçamento de continuidade, que “descura aquilo que para o PCP Açores é essencial, ou seja, a produção para o mercado regional e interno e a substituição de importações”.
Assim a representação parlamentar do PCP apresenta mais de 50 propostas de alteração que abrangem todo o arquipélago e movimentam mais de uma dezena de milhões de euros nomeadamente a eliminação das taxas moderadoras no Serviço Regional de Saúde, o reforço de verbas para o Fundopesca, a criação de oferta de ensino noturno na Escola Pública em toda a Região e o aumento do Complemento Regional de Pensão para os 60€, entre outras.
Açores 24Horas /Gacs
