PCP propõe uso de poderes próprios para minimizar crise na Região

O líder do PCP/Açores desafiou hoje o Governo Regional a usar os poderes próprios da Região para minimizar o impacto da crise nas ilhas, sublinhando que as medidas de austeridade, adoptadas a nível nacional, “não são inevitáveis”.

Em declarações à agência Lusa no arranque em Vila Franca do Campo, ilha de S. Miguel, de uma campanha dos comunistas açorianos de apelo à “resistência” contra as políticas económicas decididas pelo governo de Pedro Passos Coelho, Aníbal Pires sublinhou que, no caso concreto do arquipélago, é possível, por exemplo, impedir o corte nos rendimentos dos funcionários públicos.

Uma orientação nesse sentido, a par de uma dinamização das trocas comerciais entre as ilhas com efeitos no mercado interno regional, é essencial ao combate às dificuldades económicas no arquipélago, sustentou o líder do PCP/Açores.

“É preciso inverter o paradigma do consumo nas ilhas”, advertiu o dirigente comunista, sublinhando não se entender que a “Região importe salsa, quando ela nasce entre as pedras”.

Ao justificar a campanha de “esclarecimento e mobilização” que o PCP vai levar nas próximas semanas a várias localidades de todas as ilhas dos Açores, Aníbal Pires alegou que, a serem executadas, as medidas de austeridade adotadas pelo governo de Pedro Passos Coelho terão, na Região, um “impacto mais gravoso”, dadas as suas especiais fragilidades.

“É possível alterar a situação, há outros caminhos”, insistiu, alertando para a necessidade de “mobilização para a luta” e de se perceber que “os mercados não têm legitimidade, sendo entidades sem rosto, não eleitas e que não devem impor a sua vontade às pessoas”.

 

 

Lusa

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