Numa reunião em Ponta Delgada com dirigentes da organização, o deputado comunista justificou a sua posição com a necessidade de salvaguardar os rendimentos das cerca de 30 famílias dependentes da cooperativa.
“O que importa agora é resolver os problemas imediatos”, tratando-se depois do plano de recuperação financeira da organização, acrescentou, alegando que a administração regional interveio recentemente em situações semelhantes.
No encontro com Aníbal Pires, o primeiro de um série que vai incluir reuniões com os vários partidos com assento no Parlamento regional, o dirigente da “Porto de Abrigo” Liberato Fernandes reconheceu que a cooperativa enfrenta graves dificuldades financeiras, podendo encerrar se na próxima semana não forem encontradas soluções.
Segundo indicou, a situação financeira da organização de produtores de pesca agravou-se com a decisão anunciada recentemente pelo Governo Regional de não renovar o acordo que lhe atribuía a tarefa de transporte de pescado descarregado em vários portos da ilha de S. Miguel.
A cooperativa tem dívidas à banca e à Lotaçor, tendo esta última empresa de capitais públicos decidido reter os pagamentos a que a cooperativa tinha direito por serviços prestados como forma de abater os encargos por liquidar.
No encontro com o deputado comunista, Liberato Fernandes considerou que o comportamento da Lotaçor contrasta com a posição assumida pela banca que aprovou um plano de viabilidade a 12 anos apresentado pela organização.