PCP/Açores acusa Vasco Cordeiro de se ter “demitido de governar”

O líder do PCP/Açores, Aníbal Pires, acusou hoje o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, de se ter “demitido de governar” e de exercer as competências da região, optando pela “propaganda”.
Aníbal Pires, em conferência de imprensa, na cidade da Horta, no final de uma reunião da direção regional do partido, insurgiu-se contra o “atraso” no pagamento do subsídio de férias na região, que será pago em julho, por entender que não passa de um exemplo de mera propaganda.
“A solução adotada pelo Governo de Vasco Cordeiro é penalizadora para os trabalhadores da administração pública e para os trabalhadores do setor público empresarial”, disse o dirigente comunista, acrescentando que atrasar o subsídio de férias um mês é, também, uma “indisfarçada manobra de propaganda” para evidenciar as diferenças com a República.
O mesmo aconteceu, no seu entender, com o anúncio do Governo Regional da não aplicação da mobilidade especial na Região, que não passa, na opinião de Aníbal Pires, de uma tentativa de “desmobilizar” a luta dos educadores e professores açorianos.
A polémica reforma do Serviço Regional de Saúde e as dúvidas sobre a intenção do Governo de privatizar a empresa de eletricidade dos Açores (EDA) mereceram, também, críticas por parte dos comunistas açorianos, que lembram que nenhuma destas medidas constava do programa eleitoral do PS.
Aníbal Pires reconheceu, por outro lado, “algum atraso” na apresentação das suas listas de candidatos nas eleições autárquicas “face ao que foi estabelecido na calendarização do seu trabalho”, mas assegurou ter o processo concluído no mês de julho.
“Este atraso fica a dever-se a algumas dificuldades intrínsecas à natureza destas eleições (número de candidatos envolvidos, pequena dimensão de alguns concelhos e freguesias), que se constituem como constrangimentos”, justificou Aníbal Pires.
O PCP/Açores critica também a forma como a administração do Hotel Horta terá mandado para casa mais de 20 trabalhadores, ao fazer, numa primeira fase, um anúncio de despedimento coletivo, e agora apresentar processos de despedimentos, por justa causa, alegando “ausência do local de trabalho”.
“Esta desfaçatez não pode ficar impune pois, além do incompreensível encerramento daquela unidade hoteleira no início da época alta, e do subsequente despedimento de mais de duas dezenas de trabalhadores, esta atitude lesa a Região em várias centenas de milhares de euros”, disse.

 

Lusa

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