“A questão dos repatriados tornou-se um caso muito sério [nos Açores]. O crime e a insegurança dispararam, com o tráfico de estupefacientes a fazer estragos irreversíveis na nossa juventude, perante a indiferença burocrática dos grandes partidos”, alerta o PDA, defendendo “negociações diretas com o governo dos EUA, usando a Base das Lajes como forma de pressão”, para que receba todos os repatriados que enviou para os Açores.
Para o PDA, que é o único partido nacional com sede nos Açores, a aceitação pelas autoridades norte-americanas do regresso dos repatriados açorianos seria a contrapartida pelo “direito de manter instalações militares no território autónomo dos Açores”.
Nesse sentido, num comunicado hoje divulgado, o PDA “desafia o ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente do CDS/PP a tomar a iniciativa dessas negociações”.
Nas contas do PDA, os cerca de 1.200 repatriados que vivem nos Açores, representariam cerca de 48 mil face à população do território continental, questionando o que fariam as autoridades portuguesas se existisse este número de repatriados no continente.
“Como somos nós, açorianos, e vivemos longe, sofremos o mal e eles recebem os lucros do nosso território”, refere o comunicado.
“É preciso aumentar os poderes autonómicos para podermos governar esta terra de acordo com as nossas necessidades e não com as dos outros que não vivem cá, não nos compreendem e não cuidam para encontrar soluções para os graves problemas que nos atormentam”, conclui o documento.
Lusa