Com resultados quase finais (apenas 30 secções por apurar), o Conselho de Jurisdição do PSD anunciou cerca da 01:00 que Pedro Passos Coelho tinha vencido as eleições diretas do partido com 61,06 por cento dos votos.
Paulo Rangel, o segundo candidato mais votado, contou com o voto de 15248 militantes (34,47 por cento), José Pedro Aguiar Branco recolheu 1598 votos, traduzidos em 3,61 por cento, enquanto Castanheira Barros contabilizou 103 votos (0,23 por cento).
“A minha primeira preocupação vai ser a de unir o PSD e estou convencido de que os resultados inequívocos que estão patentes permitirão com certeza – de acordo, de resto, com as declarações que fizeram quer o doutor Paulo Rangel, quer o doutor José Pedro Aguiar-Branco – fazer um caminho de unidade e de coesão interna no PSD”, afirmou Pedro Passos Coelho, na sua declaração de vitória.
Dizendo que conta com os seus adversários nas diretas “na primeira linha da intervenção política no PSD”, Passos Coelho sublinhou ainda que espera “um papel muito cooperante” do ainda líder parlamentar Aguiar-Branco na condução da bancada, até que seja escolhida a nova direção.
Já num recado para fora, Passos Coelho avisou os socialistas que não pretende abrir crises políticas desnecessárias mas garantiu que não andará com o Governo ao colo nem votará contra as suas ideias.
O eurodeputado e candidato derrotado Paulo Rangel prometeu uma “atitude de lealdade” e de colaboração com o “grande projeto social democrata”, felicitando Pedro Passos Coelho pela vitória “clara e expressiva” nestas diretas.
Sublinhando ter sido um “privilégio” como experiência política e pessoal ter sido candidato à liderança do PSD, Rangel prometeu colaborar com a nova direção social democrata.
No mesmo tom, Aguiar-Branco apelou à união em torno do partido e do seu novo líder, garantindo que “a campanha acaba aqui, a campanha acaba hoje”.
Também o quarto candidato, Castanheira Barros, felicitou Passos Coelho pela sua vitória, sublinhando que este será “o seu presidente”.
A vitória de Pedro Passos Coelho verificou-se em todas as distritais e na Região Autónoma dos Açores, tendo a Madeira sido a única exceção: aqui ganhou Paulo Rangel, o candidato apoiado pelo líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim.
Numa primeira reação à vitória de Passos Coelho – que criticou duramente pela sua posição em relação à Lei das Finanças Regionais – Jardim disse apenas estar “consumada a eleição”, não tendo mais comentários a fazer.