Peixe por vender, pescadores ameaçam governo regional

pescaArmadores de embarcações de pesca de pequenos pelágicos da ilha de S. Miguel ameaçaram hoje recorrer ao protesto público se o Governo regional não adotar medidas que garantam a venda das respetivas capturas.

A decisão de avançar para formas de protesto não especificadas foi comunicada ao subsecretário regional das Pescas numa nota em que os armadores de pesca de chicharro e cavala, de barcos sedeados em Rabo de Peixe, Água de Pau e Vila Franca do Campo, exigem resposta ao problema até quinta feira.

“Se até dia 25 não adotar medidas que evitem que alguns dos nossos barcos fiquem com o peixe todo por vender, desencadearemos as ações necessárias a assegurar a defesa dos nossos direitos”, refere a nota enviada ao executivo, na sequência de uma reunião de armadores.

Devido ao excesso de oferta, toneladas de chicharro e cavala capturados nos mares da ilha de S. Miguel têm sido destruídas nas últimas semanas, sem qualquer compensação para armadores e pescadores.

 

Segundo os subscritores da nota remetida ao governo regional este problema está relacionado com o elevado número de licenças atribuídas para a pesca de pequenos pelágicos, face ao volume de procura do mercado local.

 

Nos termos dos regulamentos da política comum de pescas a União Europeia financia operações de “retirada” em situações de pescarias excecionais, mas para a cooperativa “Porto de Abrigo”, entidade encarregada na Região de garantir a intervenção, não é esta a situação causa.

 

O que se regista nas pescarias de chicharro e cavala em S. Miguel “são excedentes de pescado que resultam de excesso de licenças”, disse um porta-voz da Porto de Abrigo.

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