Pelo menos 52 repórteres assassinados nos primeiros seis meses do ano

jornaisPelo menos 52 jornalistas foram assassinados em 25 países desde o início do ano, afirmou hoje a Campanha Emblema de Imprensa (PEC, sigla em inglês), que pretende criar um distintivo que proteja os repórteres em conflitos armados.
Durante as revoltas populares registadas no mundo árabe, desde Fevereiro passado, e as respostas violentas dos governos, morreram 11 colaboradores de meios de informação social.

“É grave constatar que não há uma melhoria significativa nas zonas de conflito e de desordens internas e que, há vários anos, se mantém a média de dois jornalistas assassinados por semana”, disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, ao apresentar o relatório semestral da organização, com sede em Genebra.

O número de 52 jornalistas assassinados durante os primeiros seis meses do ano indica uma ligeira descida em relação aos 59 mortos em igual período de 2010.

A organização constatou uma melhoria na América Latina, na África subsaariana e na Europa, mas as desordens relacionadas com a chamada “primavera árabe” foram particularmente nefastas para os jornalistas, disse Lempen.

Pelo menos cinco repórteres foram assassinados no conflito na Líbia, dois na cobertura das manifestações no Bahrein e um no Iémen, no Egipto, na Tunísia e na Argélia.

O país mais perigoso para a imprensa, entre Janeiro e Junho deste ano, foi o Paquistão, com oito jornalistas mortos, a maioria dos quais durante reportagens em regiões fronteiriças com o Afeganistão.

O México foi o segundo país de maior perigo, com seis jornalistas assassinados. O Iraque registou o mesmo número.

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