“É grave constatar que não há uma melhoria significativa nas zonas de conflito e de desordens internas e que, há vários anos, se mantém a média de dois jornalistas assassinados por semana”, disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, ao apresentar o relatório semestral da organização, com sede em Genebra.
O número de 52 jornalistas assassinados durante os primeiros seis meses do ano indica uma ligeira descida em relação aos 59 mortos em igual período de 2010.
A organização constatou uma melhoria na América Latina, na África subsaariana e na Europa, mas as desordens relacionadas com a chamada “primavera árabe” foram particularmente nefastas para os jornalistas, disse Lempen.
Pelo menos cinco repórteres foram assassinados no conflito na Líbia, dois na cobertura das manifestações no Bahrein e um no Iémen, no Egipto, na Tunísia e na Argélia.
O país mais perigoso para a imprensa, entre Janeiro e Junho deste ano, foi o Paquistão, com oito jornalistas mortos, a maioria dos quais durante reportagens em regiões fronteiriças com o Afeganistão.
O México foi o segundo país de maior perigo, com seis jornalistas assassinados. O Iraque registou o mesmo número.