Perto de 10 pessoas morreram nas estradas por semana desde início do ano

Desde o início do ano morreram, em média, perto de dez pessoas por semana, vítimas de acidentes rodoviários, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

No Dia Europeu de Segurança Rodoviária, que hoje se assinala, os dados indicam que entre 01 de janeiro e 21 de abril morreram nas estradas 157 pessoas, menos 51 que em igual período do ano passado.

Segundo a ANSR, que contabiliza dados da PSP e da GNR, desde o início do ano 561 pessoas ficaram gravemente feridas e 9.907 sofreram ferimentos ligeiros.

Um estudo apresentado esta semana em Bruxelas indica que Portugal foi um dos cinco países da União Europeia (UE) onde as mortes na estrada, em consequência da ingestão de bebidas alcoólicas, aumentaram entre 2001 e 2010.

Os dados, recolhidos pelo Conselho Europeu de Segurança nos Transportes (ETSC), mostram que em Itália, Chipre, Israel, Portugal e Roménia houve um aumento das mortes na estrada devido ao excesso de álcool, ao passo que nos restantes 22 Estados-membros da UE o aumento foi menor quando é analisada a alteração percentual média entre os anos de 2001 e 2010.

No Dia Europeu de Segurança Rodoviária, a Associação Portuguesa de Sinalização e Segurança Rodoviária (AFESP) alerta para “o urgente investimento em sinalização nas estradas nacionais”, numa altura em que os condutores estão a “fugir” às portagens das autoestradas.

Segundo a AFESP, um em cada cinco acidentes deve-se à má sinalização, ou seja, cerca de 20 a 30% da sinistralidade rodoviária ocorre por via da má ou ausência de sinalização.

A secretária-geral da AFESP, Ana Raposo, disse à agência Lusa que não existe qualquer investimento na sinalização, designadamente no que diz respeito às estradas nacionais que neste momento estão “a filtrar uma elevada percentagem de circulação, tendo em conta que as pessoas estão a fugir às autoestradas e às SCUT por causa das portagens”.

“Em momento de crise, em que é absolutamente necessário ponderar a relação de custo/benefício, deve-se adotar medidas no que diz respeito à colocação de marcação rodoviária e substituição da sinalização”, disse Ana Raposo, explicando que encargos diminutos podem originar “fortes vantagens para a diminuição da sinistralidade”.

Divulgado na última semana, o estudo “o custo económico e social dos acidentes de viação em Portugal”, da autoria dos investigadores da Universidade Autónoma de Lisboa Arlindo Donário e Ricardo Santos, concluiu que os desastres rodoviários custaram, em média, entre 1996 e 2010, cerca de 2.500 milhões de euros por ano, o que significa cerca de 1,54 por cento, em média, do Produto Interno Bruto (PIB) português de 2010.

 

Lusa

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