O Governo dos Açores decidiu hoje proibir qualquer tipo de pesca e de banhos na lagoa da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, devido a uma “maré vermelha” motivada por microalgas.
A decisão, divulgada hoje num comunicado conjunto das secretarias regionais dos Recursos Naturais e da Saúde, tem um caráter “preventivo” e visa evitar que este fenómeno, considerado “natural”, possa, ainda assim, afetar a saúde dos utilizadores da lagoa.
“Apesar de se tratar de um fenómeno natural, a decisão foi tomada considerando que os resultados das análises preliminares pedidas pela Direção Regional dos Assuntos do Mar ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicam, com um grau de certeza elevado, que a espécie em causa pode afetar a saúde dos consumidores de organismos sujeitos aos efeitos desta microalga”, refere o comunicado.
Por esta razão, o Governo Regional decidiu “proibir todo e qualquer exercício da pesca marítima, comercial ou lúdica, incluindo a apanha de amêijoa e algas marinhas”, na lagoa da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge.
Simultaneamente, o delegado de saúde do concelho da Calheta, onde está situada a lagoa (muito apreciada pelos turistas que visitam a ilha e também pelos habitantes locais), determinou ainda a proibição de banhos, até que o fenómeno esteja dissipado.
O mesmo comunicado esclarece que esta maré vermelha resulta do “desenvolvimento anormal” de uma microalga (do tipo dinoflagelado) que, em concentrações elevadas, forma extensas manchas vermelhas na água.
A Secretaria Regional dos Recursos Naturais e a Secretaria Regional da Saúde já alertaram a Autoridade Marítima e procederam à “devida sinalização do local”, apelando aos utilizadores da lagoa para que cumpram estas “proibições temporárias” até que o problema esteja resolvido.
Lusa
