Pescadores açorianos vão poder continuar pesca de atum patudo após acordo com Espanha

Os pescadores açorianos vão poder continuar a pescar atum patudo na sequência de um acordo alcançado entre o Governo dos Açores, Direção-Geral das Pescas e Espanha que permite uma troca de quotas.
“Foi possível efetuar uma troca de quotas de outras espécies com Espanha em que foram cedidas 1.000 toneladas de quota de atum patudo para Portugal por contrapartida da quota de algumas espécies nacionais. Assim, a pesca ao atum patudo poderá continuar por mais alguns dias”, afirmou o subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, em declarações à agência Lusa.Os pescadores dos Açores estavam impedidos de capturar atum patudo, uma das espécies que existem no mar da região por terem excedido a quota atribuída pela União Europeia (UE) e o executivo regional estava a negociar uma solução com as autoridades espanholas.

O subsecretário regional das Pescas adiantou que “o pedido” para que os pescadores espanhóis trocassem parte da quota que ainda dispõem para a pesca de patudo “foi formulado pelo executivo açoriano e a negociação feita através da Direção-Geral das Pescas”, tendo sido possível chegar a um entendimento “na sexta-feira”.

Com a permuta, “esta quota do Atlântico de atum patudo passa das 5.050 toneladas para as 6.050 toneladas”, indicou Marcelo Pamplona, frisando que “a nível nacional a frota dos Açores é aquela que mais captura aquela espécie”.

Mas “contribuem também para o consumo daquela quota algumas embarcações da Madeira e do Continente”, acrescentou.

Marcelo Pamplona sublinhou que a permuta com Espanha permite, assim, que “a pesca ao atum patudo continue por mais alguns dias”, dado que as pescarias daquela espécie “têm atingido níveis muito elevados e que não se viam nos últimos 20 anos”.

Neste arquipélago, a pesca do atum é feita com linha e anzol, através de uma arte tradicional e centenária conhecida como ‘salto e vara’, que é considerada como um método seletivo de pesca.

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