O PSD/Graciosa denunciou ontem “as difíceis condições de trabalho e as dificuldades acrescidas com que se têm deparado os pescadores e os armadores locais”, considerando que, “as exigências com a carga fiscal e a negação ilegal a receberem o FUNDOPESCA, fazem com que se vejam obrigados a pagar para trabalhar”, disse o líder dos social-democratas na ilha.
João Bruto da Costa falava após um encontro, na Praia da Graciosa, com um considerável número de profissionais da pesca, após o qual afirmou que “a situação não pode continuar como está, pois corre-se o risco de muitos dos pescadores da ilha terem de abandonar a actividade pelas dificuldades criadas”, explicou.
“Os pescadores viram a sua carga fiscal fortemente agravada sem justificação, tendo agora que pagar um mínimo de 118 euros de contribuição social”, avançou, referindo que “muitos deles nem sequer retiram rendimentos suficientes para pagar este verdadeiro novo imposto”, disse.
“Além disso, e de forma ilegal, uma vez que fizeram os descontos a que estão obrigados, o seu direito ao FUNDOPESCA tem sido negado”, disse João Bruto da Costa, acrescentando que “um inverno rigoroso, que não os deixa trabalhar e que acarreta sempre mais despesas, além do aumento do custo de vida, está a colocar muitos dos nossos homens do mar numa situação muito grave, e que o PSD tem vindo a denunciar”, afirmou.
“Acresce a esta realidade o facto de muitos dos pescadores e armadores da ilha terem feito investimentos avultados, os quais foram estimulados pelo governo regional. E é esse governo que agora vira as costas a gente que tem dado tanto ao desenvolvimento da Graciosa”, lamenta o social-democrata.
Segundo João Bruto da Costa, “mais depressa o governo acode a quem nada faz e aos que têm rendimentos acima dos 1500 euros, dos que aos que menos recebem e tanto dão à sua comunidade. O PSD/Graciosa não deixará de estar ao lado dos pescadores nesta luta por direitos que são justos”, concluiu.