O homem decapitado no atentado de hoje contra uma fábrica de gás industrial perto de Lyon, leste de França, era patrão do presumível autor do ataque, já detido, segundo fonte próxima da investigação citada pela agência France Presse.
A cabeça da vítima, dono de uma empresa da região, foi colocada numa das grades exteriores da fábrica, propriedade do grupo norte-americano Air Products, localizada em Saint-Quentin-Fallavier.
Segundo os primeiros dados da investigação, a vítima, de cerca de 45 anos, geria uma empresa de transportes dos arredores de Lyon e tinha uma autorização de trânsito para entrar nas instalações da fábrica.
Segundo a fonte, imagens de uma câmara de vigilância permitiram ver que a cabeça foi colocada pelo presumível autor do ataque, Yassin Salhi, 35 anos, antes de conduzir o veículo contra garrafas de gás para provocar uma explosão.
Uma das primeiras equipas de emergência a chegar ao local ouviu Salhi gritar “Alá é grande”, segundo a fonte.
Foi essa equipa, de bombeiros, que conseguiu dominar o suspeito até à chegada da polícia.
O suspeito não tem antecedentes criminais, mas estava referenciado pela polícia por radicalização salafista.
A mulher de Yassin Salhi foi detida na residência da família, em Saint-Priest, arredores de Lyon. Antes de ser detida, a mulher disse à rádio Europe 1 estar “surpreendida” com o ocorrido e assegurou que são “muçulmanos normais”.
Os vizinhos do casal, que tem três filhos entre os 6 e os 9 anos, disseram à imprensa que Salhi era “um homem discreto” e a família “perfeitamente normal”.
Um jovem vizinho disse por seu lado “nunca ter visto” Salhi na mesquita de Saint-Priest.
Lusa