Deste pré-aviso consta também “a garantia de que os serviços mínimos e os voos de emergência serão assegurados” durante a greve, agendada para os dias 23, 24 e 25 e abril e 2, 3 e 4 de maio.
“Não queremos prejudicar ninguém, muito menos os açorianos. Procuramos apenas a igualdade de direitos entre os trabalhadores do continente e os insulares. Estão garantidos os serviços que consideramos serem os mínimos e indispensáveis para evitar qualquer tipo de isolamento, mas temos de vincar a nossa posição”, sublinha Bruno Fialho, diretor do SNPVAC, num comunicado hoje enviado à Lusa.
“Só é pena que, ao contrário de nós, a administração do Grupo SATA não tenha pensado mais nos seus passageiros em geral e, sobretudo, nos açorianos em particular”, acrescenta Bruno Fialho.
O sindicato já havia anunciado no início deste mês a decisão dos tripulantes de cabine de avançarem para a greve na transportadora aérea açoriana SATA, tendo os pilotos anunciado depois a sua adesão.
“Não houve quaisquer desenvolvimentos desde a semana passada. A administração mantém-se intransigente e sem qualquer abertura em relação às propostas apresentadas, por isso não nos resta outra alternativa a não ser avançar para a greve. Queremos ver regularizada a situação de todos os trabalhadores do Grupo SATA e, desta forma, esperamos obter alguma reação dos responsáveis”, refere Bruno Fialho.
O sindicato sublinha que a medida surge como “resposta à relutância dos responsáveis da companhia aérea insular em aplicar na SATA Air Açores e SATA Internacional o memorando de entendimento celebrado com o Governo da República”.
O SNPVAC é o primeiro sindicato a avançar para a greve devido à não aplicação na SATA do memorando de entendimento celebrado entre o Governo e a TAP, que evita os cortes salariais médios de 5%.
O presidente do SNPVAC, Rui Luís Malva do Vale, explicou recentemente que o acordo com o Governo para desconvocar a greve de março foi condicionado a que “o grupo SATA fosse igualmente visado e até agora isso não aconteceu”.
Recentemente o secretário regional do Turismo e dos Transportes dos Açores, Vítor Fraga, reiterou que o Governo Regional “não vai dar nenhuma indicação ao conselho de administração da SATA para cometer uma ilegalidade” e assim evitar greves na companhia aérea.
Lusa