O relatório final do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, aponta como causa provável alguns erros na manobra de aproximação e aterragem.
Numa conferência de imprensa realizada hoje em Ponta Delgada, o presidente da SATA, António Gomes de Menezes, recordou que a Airbus, construtora do avião, já tinha detetado problemas que podiam causar este tipo de situações, o que originou alterações no plano de operação dos A320, mas admitiu também que “o piloto devia ter seguido outro tipo de técnica”.
Gomes de Menezes salientou que a tripulação que comandava o avião na altura do acidente esteve suspensa “dois ou três meses”, enquanto durou a investigação, tendo sido depois sujeita a ações de treino teórico e prático.
Seguiu-se um período em que estes pilotos voaram acompanhados por instrutores e, nesta altura, já regressaram ao serviço normal.
O presidente da SATA rejeitou, no entanto, qualquer tipo de crítica à competência dos pilotos, frisando que ela “é aferida pelo INAC e não há profissão como esta que esteja tão periodicamente posta à prova ao nível da sua competência”.
Gomes de Menezes frisou ainda que, na sequência deste incidente, “foi reforçada a atenção das tripulações para este tipo de situações” através de um “reforço de treino e instrução”.
Relativamente aos técnicos de manutenção, que não se aperceberam da gravidade do estado do avião após a aterragem dura, o presidente da SATA salientou que foram sujeitos a ações de formação, estando agora habilitados a interpretar devidamente os dados constantes do relatório de voo.
O presidente da SATA assegurou ainda que a transportadora aérea açoriana já adotou as recomendações de segurança que lhe foram apresentadas na sequência deste acidente.
O presidente da SATA referiu ainda que a empresa vai pedir uma correção ao relatório final, que indica que o acidente foi comunicado a 17 de agosto, quando inicialmente referia que essa comunicação ocorreu a 7 de agosto.
O incidente ocorreu a 4 de agosto de 2009, envolvendo o A320 da SATA batizado com o nome ‘Diáspora’, que transportava 166 passageiros, não tendo provocado nenhum ferido.