“O facto de a PJ estar a investigar o incêndio é prática comum, uma vez que houve uma vítima mortal, mas aguardamos pela conclusão das investigações”, disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários do Faial, Nuno Henriques, referindo que se continua a tentar apurar as causas do incêndio.
O fogo deflagrou ao início da noite de terça-feira num bloco de apartamentos no centro da cidade da Horta, onde residiam 10 famílias, algumas das quais ficaram retidas nos pisos superiores, sem conseguirem fugir para a rua.
“À nossa chegada, deparámo-nos com as chamas a saírem pela janela do apartamento. Priorizámos a proteção das vítimas que estavam às janelas a pedir socorro. Fizemos operações simultâneas de proteção, combate e salvamentos, uma vez que as escadas estavam completamente cheias de fumos e de gases”, explicou Nuno Henriques.
Uma mulher de 56 anos de idade acabou por falecer na sequência do incêndio e 10 outros moradores tiveram de receber tratamento hospitalar, devido à inalação de fumos, numa operação de socorro que o comandante dos Bombeiros Voluntários do Faial descreve como difícil.
“Foi um incêndio com uma complexidade acrescida, não só pelo número de vítimas envolvidas e pela quantidade de salvamentos que tivemos de fazer, bem também pela própria estrutura do prédio, que tem quatro pisos. Além do mais, o apartamento onde o incêndio deflagrou estava praticamente tomado pelas chamas à nossa chegada”, recordou.
Segundo o presidente da Câmara Municipal da Horta e do Serviço de Proteção Civil Municipal, José Leonardo Silva, foi necessário realojar 25 pessoas, que aguardam ainda hoje por uma vistoria técnica ao edifício, para saber se podem ou não regressar a casa.
Lusa