A Azores Airlines apresentou esta terça-feira, em Ponta Delgada, o Plano de Exploração da companhia para o próximo ano, traduzido em mais voos, novas rotas e dois novos produtos estratégicos, que posicionam determinantemente os Açores como “uma placa giratória entre a Europa, a América do Norte e a Macaronésia”.
Assim, o Grupo SATA reassume a estratégia de vos diretos, potenciando rotas e aparelhos, aproveitando os Açores, neste caso a Ilha Terceira e São Miguel, como gateways de entrada na Europa e na Macaronésia, oferecendo mais-valias, quer para quem tem que pernoitar para apanhar voo de ligação, quer para quem pretender usufruir dos Açores durante alguns dias e depois sim seguir viagem.
Nesse sentido, o residente da companhia, Paulo Menezes avançou que “no ano de 2017 vamos começar, no início do verão IATA, a rota de Barcelona, com duas frequências semanais, e vamos também iniciar em junho a rota de Cabo Verde, duas rotas novas que identificamos com muito potencial”, acrescentando ainda que a rota de Barcelona já está à venda e tem tido uma “procura bastante grande”.
Com saída dos Estados Unidos ou do Canadá, os clientes poderão, a partir de 2017, voar com a Azores Airlines até Londres, Barcelona, Frankfurt, Cidade da Praia (Cabo Verde), Gran Canária, Funchal, Lisboa ou Porto, em voos nonstop ou em voos diretos (com o mesmo nº de voo, deste a origem até ao destino), sendo nesta modalidade que são aplicadas as vantagens dos dois novos produtos lançados hoje – o OVERNIGHT e o STOPOVER.
No caso do OVERNIGIHT, o passageiro que estiver a viajar da América do Norte para a Macaronésia ou cidades europeias, beneficiarão gratuitamente de alojamento na Terceira ou em São Miguel, caso haja necessidade de pernoita para apanhar a ligação ao destino operado pela companhia no dia seguinte, podendo esta situação suceder tanto na ida, como no regresso.
O STOPOVER permitirá que o passageiro escolha ficar nos Açores, no seu período de “transito” para o destino final, até 7 dias, sem que lhe seja aplicada qualquer taxa adicional à tarifa da viagem, permitindo o sistema online de reservas, que o passageiro tenha acesso, através da Booking, aos alojamentos disponíveis para esse período na Região, efetuando desde logo a reserva de mais esse serviço, que será somado ao preço da viagem e pago no ato da reserva online. Este pacote permitirá que o passageiro visitar os Açores, contribuindo para o desenvolvimento de vários setores de atividade.
A Azores Airlines reforçará o número de voos não só nas rotas da América no Norte para a Europa e Macaronésia, mas também nos voos entre os Açores e o continente português, com um Plano que pretende consolidar a imagem da empresa, procurando permanentemente o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio, traduzindo-se a oferta, no decorrer do ano de 2017, de 1.308.957 lugares nas ligações de e para a Região, ou seja, um reforço de 355 mil lugares no que diz respeito à acessibilidade à Região.
Na apresentação do Plano de Estratégia da Azores Airlines, o Governo dos Açores reafirmou o seu compromisso com o Grupo SATA, para que “esta prossiga com o seu papel de instrumento estratégico para o desenvolvimento da Região, pretendendo-se, tal como já foi por diversas vezes afirmado, mantê-lo na esfera pública regional”, manifestou Secretário Regional dos Transportes e Obras Públicas.
Na sua intervenção, Vitor Fraga recordou que cabe ao Governo “definir a política para o setor” e, enquanto acionista, “os objetivos macro para a empresa”, cabendo “à equipa de gestão e aos seus colaboradores definir e implementar medidas concretas para atingir os objetivos”.
O Governante recordou ainda que fruto da reforma do transporte aéreo na Região, quer através da definição e implementação de um novo modelo de acessibilidades, quer através da definição de novas Obrigações de Serviço Público para o transporte aéreo inter-ilhas, o número de passageiros desembarcados nos aeroportos da Região, prevê-se que atinja em 2016 um valor superior a 1,3 milhões, ou seja, mais 400 mil passageiros desembarcados nos aeroportos da Região que em 2014” (último ano anterior à implementação da reforma do modelo de acessibilidades), significando isto “um crescimento de cerca de 45%”.
Para o Secretário Regional, atualmente vive-se “claramente uma nova realidade, caraterizada por um novo quadro regulatório”, que é “mais exigente, mais dinâmico” e que “promove uma maior concorrência”.
“Tal como sempre acreditámos, o Grupo SATA, assente na capacidade, na competência e na determinação, quer da sua equipa de gestão, quer dos seus colaboradores, respondeu positivamente aos desafios colocados por esta nova realidade”, afirmou Vítor Fraga.
SM/Açores24Horas