O Secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia disse hoje, em Ponta Delgada, que o plano de reestruturação da SATA vai ser reformulado nas próximas semanas e que no início de janeiro haverá uma exposição do mesmo, ao qual espera vir a dar o seu contributo.
Mário Mota Borges reuniu-se, esta manhã, com o conselho de administração da SATA para se inteirar da “trajetória feita pela companhia nos últimos meses e da forma como o plano de reestruturação está a ser preparado”, e deixou a garantia de que tudo se encaminha para que seja respeitado o prazo fixado (18 de fevereiro), para a apresentação do plano a Bruxelas, mas o governante
O Secretário Regional realçou que “a reformulação do plano surgiu com a necessidade a devolução dos 73 milhões de euros dos aumentos de capital, pois isso introduz alguma entropia no processo e, portanto, é preciso fazer os justes para acomodar essa devolução”, reafirmando que as declarações do Secretário Regional das Finanças, deixando a garantia que esta devolução é mesmo para ser feita.
Na ocasião, Mário Mota Borges disse que o encontro serviu, igualmente, para aferir a forma como a tutela pode contribuir “para que as coisas se dirigiam no sentido das orientações do Programa do Governo aprovado e aquilo que são as expetativas dos açorianos relativamente, à companhia aérea”.
O governante frisou que este processo de diálogo entre as partes visa afinar as soluções, para que se atinga o objetivo que é necessário.
“Também a Comissão Europeia tem uma participação nisto e, portanto, define os limites da trajetória”, frisou.
Quando questionado sobre a semelhança com a situação que a TAP atravessa, o Secretário Regional considera serem semelhantes, uma vez que as duas companhias estão com problemas sérios e as regras impostas pela Comissão Europeia são as mesmas, afirmando contudo que “há uma diferença grande entre as duas companhias aéreas. A companhia aérea açoriana está a prestar um serviço numa zona ultraperiférica e as substituições não são tão simples como são no meio continental”.
“A atenção dada a uma companhia aérea de um arquipélago como os Açores é muito diferente da que é dada a uma companhia que opera a nível continental, daí que as diferenças serão nessa linha e, portanto, há outras consequências laterais, que oportunamente serão divulgadas”, concluiu Mário Mota Borges.