As medidas implementadas pelo Governo dos Açores ao longo dos últimos dois anos “amortizaram o impacto” da crise internacional e contribuíram para que os seus efeitos chegassem também mais tarde aos Açores.
A opinião é do Vice-Presidente do Governo, Sérgio Ávila, e foi expressa hoje, na Assembleia Legislativa, durante a apresentação das propostas de Plano Anual Regional e de Orçamento da região para 2011.
O Vice-Presidente do Governo considerou ainda que as propostas de Plano Anual Regional e de Orçamento da Região para o próximo ano constituem “um contributo para o reforço da solidez e sustentabilidade das finanças públicas regionais”. Sérgio Ávila lembrou, a propósito, que os Açores apresentam um nível de endividamento directo em relação ao PIB que é “sete vezes inferior ao registado pela média dos 27 países da União Europeia”.
Por seu lado o PSD/Açores considerou que “o governo regional está velho e cansado”, acrescentando que esta proposta de orçamento “apenas irá manter a região num processo de estagnação, sem dar aos açorianos níveis de qualidade de vida aceitáveis, pois o governo apresenta documentos que são a cópia chapada dos que apresentou nos últimos anos”.
António Marinho considerou “extremamente optimista o discurso do governo, o mesmo governo que, em plena campanha eleitoral de 2008, dizia não haver crise na região, na mesma altura em que a crise entrava a toda a força nos Açores”.
“Mas nem os Açores estão como foram hoje pintados pelo vice-presidente do governo, nem este orçamento encaminha a região para as sete maravilhas que nos quis mostrar. A região não tem visto desenvolvimento, e com este tipo de documentos e de orçamento continuará sem vê-lo”, concluiu o líder da bancada social-democrata.