“Este Plano e este Orçamento continuam a não dar respostas aos grandes problemas da nossa Região. Antes pelo contrário são o reflexo da teimosia e da cegueira política, agravadas pela ânsia de perpetuação no poder suportada por maiorias absolutas acríticas como as que têm caracterizado o PS nos Açores”.
A afirmação é de Aníbal Pires, que garante que “estes documentos, em vez de desenhar uma política, tentam esconder uma realidade; em vez de procurarem soluções, insistem nos erros; em vez de resolver adiam ou escondem os problemas; em vez de dar resposta aos anseios, tentam calar os descontentamentos; em vez de serem ferramentas para governar, são instrumentos para angariar apoios eleitorais. Este é um plano e orçamento desenhados à medida das eleições regionais de 2016”.
O deputado do Partido Comunista que falava na Horta, no encerramento do debate do Plano e Orçamento proposto para 2016, diz-se desiludido – “Ninguém esperava que esta política deixasse de ser o que é: injusta, desumana, destrutiva, como ninguém esperava que este Governo deixasse de ser o que sempre foi: demagógico, absolutista e inábil. Mas confesso-vos que tinha esperança, talvez por estarmos a um ano de eleições regionais, de um vislumbre de uma inversão da política seguida até aqui, de um vestígio de mudança de atitude, de uma centelha de rasgo, imaginação e coragem política para reconhecer erros e fazer diferente”, manifestou o líder do PCP”.