No total são mais de 2.000 títulos para crianças e adolescentes, mas também para os adultos que frequentam os centros Novas Oportunidades, referiu Conceição Barros, do PNL.
Anualmente, o PNL propõe centenas de livros técnicos, informativos, de ficção, poesia, álbuns ilustrados, romances, clássicos da literatura portuguesa e estrangeira, que servem de orientação para os professores ao longo de um ano letivo.
São sugeridos livros para todos os anos e níveis escolares, desde os seis meses até aos 16 anos.
“Foram incluídas obras de autores portugueses e estrangeiros para os diferentes anos de escolaridade e que correspondem a diferentes graus de dificuldade, para que os educadores e os professores possam escolher os livros mais adequados aos alunos das turmas que lecionam”, lê-se na nota introdutória às listas deste ano.
Entre os livros recomendados para ler em voz alta aos mais pequenos constam títulos de David McKee, Leo Lionni, Eric Carle, Lucy Cousins, Jutta Bauer, Quentin Blake, quase todos autores premiados.
A eles juntam-se os portugueses Alice Vieira, José Jorge Letria, Isabel Minhós Martins, António Torrado, António Mota, Manuela Bacelar, Luísa Ducla Soares.
Para as leituras orientadas na sala de aula são propostos, por exemplo, o clássico para a infância “O livro da Tila”, de Matilde Rosa Araújo, e “O papão no desvão”, de Ana Saldanha, que valeu a Yara Kono o Prémio Nacional de Ilustração.
Há ainda textos tradicionais dos irmãos Grimm, de La Fontaine ou de Hans Christian Andersen, e obras incontornáveis como “A fada oriana” e “A floresta”, de Sophia de Mello Breyner Andresen.
De Manuel António Pina, Prémio Camões 2011, estão presentes “O país das pessoas de pernas para o ar” ou “O cavalinho de pau do menino Jesus e outros contos de Natal”.
Para os alunos do ensino secundário, são sugeridos títulos de José Saramago, Jorge de Sena, Samuel Beckett, José Eduardo Agualusa, poesia de Herberto Helder, Cervantes e Homero.
Todos os anos o PNL convida as editoras a enviarem os livros, que podem chegar a 3.000 ou 4.000 títulos sujeitos a avaliação.
Grande parte das editoras portuguesas está representada no plano, desde os grupos editoriais Leya e Babel, às pequenas editoras, como a Gatafunho e a recente Gato na Lua.
Uma das editoras ausentes, em listas anteriores, é a Bruaá, responsável por títulos como “A Árvore Generosa”, de Shel Siverstein, e “Lágrimas e crocodilo”, de André François.
Quando contactada pela Lusa, Conceição Barros disse que ainda não tinha todas as listas concluídas, mas que possivelmente a Bruaá não estará representada, sem, contudo, ter conseguido dar uma justificação para essa ausência.
O Plano Nacional de Leitura, comissariado por Fernando Pinto do Amaral, foi criado em 2006 com o objetivo de desenvolver nos jovens competências nos domínios da leitura e da escrita.
A actual secretaria de Estado da Cultura propõe “a manutenção, com revisão, do Plano Nacional de Leitura”.