“Quando começaram a chegar tripulações para cumprir os serviços mínimos, quer outras que se apresentaram para assistências no aeroporto, como determina o acórdão do Tribunal Arbitral, foi-lhes vedada a passagem pela PSP que lhes perguntou se iriam ou não fazer greve”, disse Maria do Rosário Leite, da plataforma sindical.
De acordo com a sindicalista, àqueles trabalhadores que disseram que sim, que iriam fazer greve, foi-lhes “barrada a passagem pela PSP”, estando embora “todos os tripulantes fardados” e munidos de um cartão cedido pelo próprio aeroporto e que lhes dá livre acesso ao mesmo.
Maria do Rosário Leite afirmou que depois de contactada a PSP local esta afirmou ter recebido “ordens superiores” sem identificar o superior em causa.
“A plataforma sindical não pode tolerar é que a coação esteja a ser feita ao ponto da PSP estar a receber ordens para se intrometer num direito absolutamente inalienável à greve. É absolutamente intolerável este comportamento da PSP que não pode receber ordens de entidades civis”, declarou a dirigente sindical.
A plataforma já enviou um ofício para o Ministério da Administração Interna e para o Governo dos Açores para apurar quem deu indicações à PSP para se “intrometer” em direitos constitucionais.
Confrontada com uma notícia vinda a público hoje no diário Correio dos Açores, de Ponta Delgada, que aponta que um grupo de 70 trabalhadores da Sata está a fazer circular um abaixo-assinado contra a greve, Maria do Rosário Leite disse que estranha que a notícia “corra sem nomes” e aponta que este universo de trabalhadores, a existirem, representam cinco por cento da massa salarial da companhia aérea.
Desconhece, por outro lado, se são trabalhadores sindicalizados ou não nos sindicatos da plataforma.