Em declarações hoje aos jornalistas, José Maria Neves indicou que, além da conferência, terá reuniões de trabalho com o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, com o intuito de melhorar a cooperação económica e empresarial entre os dois arquipélagos.
Açores e Cabo Verde integram também a chamada Região da Macaronésia, que inclui ainda os arquipélagos português da Madeira e espanhol das Canárias.
Em destaque na visita do chefe do executivo cabo-verdiano aos Açores está a presença, como observador, na conferência das RUP, embora esteja prevista uma intervenção de José Maria Neves nos trabalhos, que versará sobre os esforços de Cabo Verde no quadro da parceria especial com a União Europeia (UE).
Após a conferência, que decorrerá na ilha do Faial, José Maria Neves seguirá para a do Pico e, no sábado, para São Miguel, onde se reunirá com Carlos César.
Paralelamente, o primeiro-ministro de Cabo Verde terá encontros com representantes da comunidade cabo-verdiana residente naquelas três ilhas açorianas.
Ainda no fim de semana, José Maria Neves deixa os Açores com destino a Lisboa, onde, provavelmente na segunda-feira, irá reunir-se com o homólogo português, Pedro Passos Coelho, além de outras entidades oficiais.
Em discussão, disse o chefe do executivo cabo-verdiano, está a preparação da segunda cimeira Cabo Verde-Portugal, agendada para novembro ou dezembro próximos no arquipélago.
De Lisboa, José Maria Neves parte para Singapura, para uma visita oficial de três dias, a convite do homólogo, Lee Hsien Loong, com quem debaterá a cooperação bilateral nas áreas dos transportes marítimos e aéreos, da modernização das infraestruturas, da água e saneamento e das tecnologias informacionais.
“Singapura é um modelo importante para Cabo Verde, é um centro internacional de prestação de serviços e uma base logística portuária fundamental naquela região”, salientou.
“Queremos seguir as referências de Singapura, para que possamos transformarmo-nos e afirmarmo-nos também como um importante centro internacional de prestação de serviços, como uma base logística de apoio às pescas e como um importante ‘hub’ no domínio dos transportes aéreos e marítimos”, concluiu.
Lusa