“É um exemplo a nível nacional, tem uma excelente equipa, coesa e com grande organização, está dotada de meios completos que são uma mais-valia para a segurança rodoviária e das pessoas na ilha e tem sido respeitada a boa colaboração com a PSP”, frisou Pedro Oliveira, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com a presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral.
Pedro Oliveira admitiu, no entanto, que foram apresentadas ao sindicato alguns situações relativas a “questões organizacionais” da Polícia Municipal de Ponta Delgada, relacionadas com o trabalho por turnos.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, o dirigente sindical reafirmou a necessidade da regulamentação de carreiras e de serem atribuídas mais competências às polícias municipais, considerando que “não se compreende como é possível terem passado tantos anos e não se ter avançado com a legislação”.
Por outro lado, recordou que as polícias municipais “continuam dependentes da boa vontade” das outras forças policiais para constituir os detidos como arguidos e levá-los a tribunal.
Apesar destas dificuldades, Pedro Oliveira considerou se trata de “uma polícia de ponta, de grande exigência e trabalho para os agentes”, defendendo que “deve ser regulamentada com estatuto próprio, com maior rigor e mais disciplina”.
Por seu lado, Berta Cabral recordou que a criação da Polícia Municipal de Ponta Delgada resultou de um processo de “grande persistência” da autarquia, considerando que atualmente “é uma aposta ganha”.
“As arestas que necessitam de ser limadas decorrem da juventude da Polícia Municipal”, frisou, salientando que o corpo policial de Ponta Delgada é integralmente financiado pelo município.
“Anteriormente existiam contratos de cooperação que suportavam algumas despesas da instalação de um corpo policial municipal mas, quando a Câmara de Ponta Delgada avançou para a sua criação, já não apanhou essas prerrogativas e teve que assumir tudo”, afirmou.
A Polícia Municipal de Ponta Delgada, que é a mais recente do país, conta com 28 agentes, número que a autarca considerou ser “muito razoável” para um concelho desta dimensão.
Lusa