Ponta Delgada instala eco-ilhas acessíveis com cartão para recolha de resíduos

O município de Ponta Delgada, nos Açores, iniciou o processo de transição do modelo de recolha de resíduos, que vai permitir a gradual retirada de contentores da via pública, substituindo-os por eco-ilhas, foi hoje anunciado.
A Câmara Municipal adianta que as eco-ilhas, recentemente instaladas em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, “são exclusivamente destinadas aos moradores dos prédios e condomínios situados na sua proximidade”, que podem aceder aos mesmos com a utilização de um cartão de banda magnética.
“Este dispositivo servirá para abrir os vários contentores, entre eles, o dos resíduos orgânicos, vidro, papel e plástico”, explica ainda o município em nota de imprensa.
O objetivo, é segundo a autarquia, apostar em soluções de deposição tecnologicamente “mais avançadas e potenciadoras de uma melhor separação de resíduos”.
Citado na nota de imprensa, o vice-presidente da câmara, Pedro Furtado, explica que o “projeto passa por uma alteração do modelo misto de recolha de resíduos para um modelo de recolha único de ‘porta-a-porta’”.
“É uma decisão histórica justificada pela dimensão do nosso concelho e pelas necessidades dos nossos munícipes”, sublinha.
A alteração do modelo de recolha de resíduos passará ainda pela entrega gratuita de contentores domésticos para a separação dos resíduos e para a implementação de circuitos de recolha ‘porta-a-porta’.
Segundo um levantamento feito pela autarquia, estima-se que existam 29 mil moradias em Ponta Delgada, representando um investimento de dois milhões de euros na aquisição dos contentores domésticos,
Pedro Furtado acrescenta ainda que “irá ser feita uma candidatura ao quadro comunitário PT2030, no sentido de se obter financiamento nesta área”.
“Todo este investimento irá permitir atingir outros objetivos maiores, como é o caso do cumprimento das metas de separação da União Europeia. Recordo que até 2025 temos que atingir níveis de separação de 50% e até 2030 entre 60 e 65%. Neste momento, estamos a rondar os 25% e o modelo atual não garante o aumento dessas percentagens. O mesmo não acontece com o modelo ‘porta-a-porta’, onde as estimativas são muito promissoras”, sublinha.
Em 2024, a Câmara Municipal de Ponta Delgada fez um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros para externalizar uma parte da recolha indiferenciada no concelho, segundo o município.
“Aumentámos a recolha semanal dos eco-pontos de plástico, papel, vidro e dos resíduos volumosos. Também conseguimos alargar os circuitos de recolha de orgânicos. Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para incentivar os munícipes a fazer uma reparação correta dos resíduos”, garante o autarca.

 

 

Lusa

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