O presidente democrata-cristão argumentou que “PSD e CDS não têm qualquer interesse em crispar a relação com o novo Partido Socialista”, que escolherá outra liderança, após a demissão do secretário-geral, José Sócrates, na sequência da derrota nas eleições.
Ressalvando que “ninguém deve interferir” no período de reflexão que os socialistas vão inaugurar, Portas defendeu que “Portugal precisa de uma cultura de compromisso”.
O país “tem obrigações dificílimas para cumprir, tem situações sociais dramáticas”, sublinhou o líder do CDS.
“É necessário, a nosso ver, uma revisão constitucional pragmática, temos leis reforçadas importantes na agenda. Tudo isto carece de dois terços de apoio parlamentar e de um vasto consenso político”, sustentou.
O líder democrata-cristão defendeu, por outro lado, “um acordo social entre empregadores e trabalhadores”.
“É negociando que se avança, é progredindo que podemos recuperar a nossa economia e salvar postos de trabalho”, afirmou.
“Com greves sistemáticas não iremos a lado nenhum”, concluiu.