As moções de estratégia global apresentadas pelos dois candidatos visam, como primeiro objetivo do partido, “impedir a formação de uma maioria absoluta” por PS ou PSD nas eleições regionais de 2012.
Artur Lima, que se recandidata à presidência, considera que “o ciclo de governação socialista está desgastado, sofre da erosão natural de 15 anos de poder”, defendendo que o CDS/PP “pode adquirir um papel crucial na definição do sistema democrático” nos Açores.
“O CDS/PP tem sido o único a denunciar [nos Açores] a colonização partidária da administração pública regional, com lugares para ‘boys’ e dirigentes socialistas, bem como a partidarização de instituições desportivas e sociais”, afirmou Artur Lima em declarações à Lusa.
Por seu lado, Pedro Medina, atual vice-presidente na direção liderada por Artur Lima, espera que a sua moção permita que “o partido mostre vivacidade e dinâmica pois, tem quadros com ideias”.
“Temos condições para exercer um papel na governação dos Açores porque há cada vez mais pessoas a acreditar em nós enquanto fator de equilíbrio no desenvolvimento da autonomia”, afirmou Pedro Medina em declarações à Lusa.
No congresso, os 105 delegados vão também debater nove moções setoriais nas áreas do turismo, educação, ensino, agricultura, assuntos do mar, cuidados paliativos, ambiente, ultraperiferia, insularidade e política a favor dos açorianos, bem como alterações estatutárias para adequar as normas regionais às nacionais.
Os trabalhos vão contar com a presença de Paulo Portas, líder nacional do CDS/PP, que tem duas intervenções previstas, uma ao final da tarde de sábado e outra na sessão de encerramento do congresso, no domingo de manhã.
A reunião magna do CDS/PP dos Açores contará também com a presença de José António Monjardino, Rui Meireles e Alvarino Pinheiro, antigos líderes regionais do partido.