O líder do CDS-PP e parceiro de coligação de Pedro Passos Coelho quebrou o silêncio sobre as novas medidas de austeridade, nomeadamente a diminuição da taxa social única para as empresas e o aumento da contribuição dos trabalhadores para a segurança social. No Porto, Portas defende que “deve haver abertura” do Governo com os parceiros sociais.
A “proposta ainda não está definida em todos os seus contornos”, afirmou o líder centrista e, por isso, defende que o “Governo deve ter abertura para negociar com os parceiros sociais”.
Mais de uma semana depois de o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, o parceiro de coligação revelou que “teve uma opinião diferente” sobre a redução da tsu para as empresas.
“Alertei, defendei que havia outros caminhos”, mas “não bloquei a decisão porque fiquei convencido que provocaria uma crise com a troika, seguir-se-ia uma crise no Governo e o caos que levaria a desperdiçar esforço feito pelos portugueses”.
Paulo Portas diz que uma coligação não é uma fusão. É preciso encontrar compromissos. Apelou ao bom senso na sociedade portuguesa e sublinhou que o partido lhe pediu “especial empenho” na questão da taxa social única.
RR