Manuel Tavares, presidente da Assembleia Geral, revelou que a manifestação dos associados da Porto de Abrigo e de outros profissionais da pesca, prevista para 25 de junho, se integra num plano de ação que pretende fazer com que o Governo Regional dos Açores retome as negociações para encontrar uma solução para os problemas financeiros da cooperativa.
Na sequência das decisões tomadas na reunião, em que participaram cerca de 50 associados, e de um pedido expresso nesse sentido, o presidente da cooperativa, Libertato Fernandes, decidiu suspender o protesto sob a forma de “jejum controlado” que tinha iniciado a 4 de junho.
Criada há 25 anos como organização de produtores de pesca com competências de auto-regulação e sustentabilidade atribuídas pela União Europeia, a Porto de Abrigo tem cerca de 600 associados, entre tripulantes e armadores de 300 embarcações.
Os seus dirigentes acusam o executivo açoriano e a Lotaçor de terem uma “postura de bloqueio a qualquer possibilidades de recuperação financeira”, considerando que a situação financeira da Porto de Abrigo se debilitou há alguns anos, “devido a uma série de investimentos feitos em prol da pesca e dos seus ativos, não devidamente secundados pelo governo, que, em vários casos, prometeu e não cumpriu ou apoiou insuficientemente”.
No final da Assembleia Geral Extraordinária de hoje, Liberato Fernandes assegurou que a cooperativa não tomará qualquer iniciativa para realizar reuniões com o executivo regional, ficando a aguardar um contacto das autoridades açorianas.