Portugal com “mau desempenho” no tratamento dos clorofluorcarbonetos

A Quercus considerou esta terça-feira que Portugal tem “um mau desempenho” na recuperação e tratamento dos clorofluorcarbonetos (CFC), que existem nos frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado.

A propósito do Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono, que se assinala esta quarta-feira, a Quercus-Associação Nacional da Conservação da Natureza diz que, “apesar do esforço das entidades gestoras de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos e de algumas campanhas de sensibilização, Portugal continua a apresentar um mau desempenho na recuperação e tratamento dos CFC”.

A Quercus cita dados das entidades gestores de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, segundo os quais no ano passado foram recuperadas cerca de 34 toneladas de CFC, um valor superior em 27 por cento aos montantes de 2007 (24 toneladas).

“Apesar deste crescimento, estes são valores que representam apenas uma percentagem pequena do total existente nos equipamentos em fim de vida, pelo que algumas centenas de toneladas continuam a ser emitidas para a atmosfera”, realça a associação ambientalista.

Segundo a Quercus, os CFC encontram-se ainda presentes nos equipamentos mais antigos, alertando que “a sua não remoção/tratamento faz com que sejam libertados para a atmosfera, com consequências graves na destruição da camada de ozono”.

A Quercus lembra que, para os CFC serem “removidos e tratados, os equipamentos velhos terão de ser encaminhados sem serem compactados ou removidas peças, pelo que é essencial que os cidadãos e as autarquias tenham este cuidado”.

Lusa

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