Portugal continental e os Açores foram hoje colocados na categoria de risco elevado para covid-19 no mapa do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), que suporta decisões sobre viagens na União Europeia, juntando-se à Madeira.
Depois de, na semana passada, a Madeira ter recuado da categoria laranja para a vermelha neste mapa (que segue um sistema de semáforos), foi hoje a vez de Portugal continental e dos Açores verem a classificação piorada, passando para o vermelho, que significa risco elevado para a propagação da pandemia.
A categoria vermelho – na qual estão agora todas as regiões de Portugal – no mapa do ECDC significa que, nestas regiões europeias, a taxa cumulativa de notificação de casos de infeção nos últimos 14 dias varia de 75 a 200 por 100 mil habitantes ou é superior a 200 e inferior a 500 por 100 mil habitantes e a taxa de positividade dos testes é de 4% ou mais.
O mapa do ECDC combina as taxas de notificação de casos de covid-19 nos últimos 14 dias, o número de testes realizados e o total de positivos, e é atualizado semanalmente, à quinta-feira.
Na atualização de hoje, a Europa está praticamente toda coberta a vermelho e a vermelho-escuro, no dia em que ultrapassou as 1,5 milhões de mortes associadas à covid-19 e quando vários países do continente estão a repor as restrições para tentar travar as contaminações recorde.
Este mapa da agência europeia segue um sistema de semáforos sobre a propagação da covid-19 na UE, a começar no verde (situação favorável), passando pelo laranja, vermelho e vermelho escuro (situação muito perigosa).
Serve de auxílio aos Estados-membros sobre as restrições a aplicar às viagens no espaço comunitário.
Em fevereiro passado, e devido ao elevado número de infeções com o coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, Portugal chegou mesmo a estar na categoria vermelho escuro dos mapas do ECDC, usada para zonas onde o vírus circula a níveis muito elevados.
Em meados de junho, o Conselho da UE adotou uma recomendação para abordagem coordenada nas viagens, propondo que vacinados e recuperados da covid-19 não sejam submetidos a medidas restritivas como quarentenas ou testes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.165.289 mortes em todo o mundo, entre mais de 258,29 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Lusa