Numa programação que extrapola o audiovisual, o cinema será uma vez mais a ponte que une o Brasil (Amazónia) e Portugal.
Esse ano o local escolhido é a histórica cidade de Évora, onde serão exibidos filmes cujas produções giram em torno da problemática ambiental do planeta, mas de forma ampla, utilizando a cultura como referencial e alternativa.
“A ideia é sempre aproximar os países de língua portuguesa através do cinema”, diz Jurandir Costa, um dos coordenadores do Festcineamazônia Itinerante.
Uma das novidades dessa edição é a exibição, em primeira mão, do trailer do filme ‘Foi um rio que me trouxe’, que narra a experiência do escritor português José Luis Peixoto acompanhando o Festcineamazonia Itinerante na Amazônia. Em agosto de 2013, o escritor uniu-se à equipe do Festcineamazonia e percorreu comunidades ribeirinhas de Rondônia e Bolívia, fazendo leituras de poemas e conversando com estudantes de todas as escolas dos lugarejos. O filme é dirigido por Ricardo de Almeida.
Mas há muito tempo o Festcineamazônia deixou de ser apenas voltado à chamada sétima arte. É um espaço aberto a todas as manifestações culturais possíveis, ocorrendo assim na atual edição portuguesa, apresentações musicais e teatro de bonecos, reunidos em um só espetáculo.
“A ideia é que um músico e um marionetista deem vida a duas mãos cheias de bonecos e contem as suas histórias. Histórias sem palavras, ao som da viola campaniça”, diz Fernanda Kopanakis.
O espetáculo unirá Trulé Manuel Dias, o marionetista, construtor e investigador em formas animadas e Tó Zé, que atua na composição e música original, com a viola campaniça, que é a maior das violas portuguesas, com cinco cordas duplas.
O encontro de culturas será no Auditório Soror Mariana, em Évora, na quinta-feira, dia 19 de junho, com entrada livre a partir das 21h30.