Hugo Almeida (36 minutos) e Liedson (95) fizeram o resultado – Duda (39) e Raul Meireles (66) ainda atiraram a bola aos ‘ferros’ – de um desafio em que a “equipa das Quinas” teve momentos vistosos no primeiro tempo, mas caiu consideravelmente de produção na segunda parte.
Se até ao intervalo Portugal justificava a goleada contra a 83ª selecção do Mundo, uma segunda parte confrangedora acabou com a paciência dos adeptos, que assobiaram nos últimos 15 minutos, chegando a brindar a equipa de Carlos Queiroz com ‘olés’ quando os chineses trocavam a bola.
Com o tradicional ‘4x3x3’ Portugal exibiu-se em bom plano, mas quando, ao intervalo, mudou cinco futebolistas e testou o ‘plano B’, em ‘4x4x2’, a produtividade caiu a pique – depois da fase de qualificação e ‘play-off’ esperava-se que os processos estivessem mais do que assimilados pelos atletas.
A ideia era defrontar uma selecção com estilo de futebol e valor semelhante à Coreia do Norte, adversária lusa no Mundial2010, mas, apesar de 26-4 em remates, o resultado não foi o melhor.
A China revelou-se uma equipa frágil: defendeu acerrimamente, mas tremia sempre que os pupilos de Queiroz aceleravam, enquanto no ataque chegaram a assustar no período de menor acerto nacional.
O jogo tinha sentido único, mas o guarda-redes Zhang Lu revelou-se sempre atento, negando vários golos ‘feitos’: Hugo Almeida (10 e 18), Nani (6, 15 e 22) e Cristiano Ronaldo (7, e 22) também foram perdulários.
Quando Portugal acelerava, a estrutura da China abanava claramente e aos 20 foi Rong Hao a negar o golo a Simão com corte em cima da linha fatal.
O golo inaugural teve muito mérito do ‘capitão’ Cristiano Ronaldo, que, em esforço, conquistou uma bola no meio campo e partiu para rápido contra-ataque, em superioridade numérica, servindo depois Hugo Almeida, que atirou de primeira para o fundo das redes, fazendo o sétimo golo na selecção.
Aos 39, Duda atirou à trave num livre a 30 metros e, aos 43, Hugo Almeida não conseguiu bater Zhang Lu na pequena área.
A China, que não conseguia sair a jogar sob pressão, foi duas vezes à frente com relativo perigo: na primeira, Qu Bo (12 m) aproveitou a ausência de Duda para atirar Às malhas laterais e em cima do intervalo foi Wang Qiang a obrigar Eduardo a mostrar valor.
Apesar de ter mudado cinco jogadores (entraram Hilário, Miguel, Pedro Mendes, João Moutinho e Liedson para o lugar de Eduardo, Duda, Tiago, Simão e Cristiano Ronaldo), Portugal continuou focado na baliza da China, mas sem discernimento perante um opositor que continuava entrincheirado em frente à sua baliza.
Raul Meireles (66), após trabalho de Varela, atirou ao poste, mas pouco mais se viu de Portugal no segundo tempo.
A China cresceu nos últimos 15 minutos e Wang Gang reclamou penalti aos 85 em lance disputado com Rolando e dois minutos depois Jiang Ning quase bateu Hilário.
No último lance da partida, no fim de um ‘longo’ período de compensação, João Moutinho atirou de fora da área e Liedson desviou para o segundo golo da noite e o terceiro da sua conta ao serviço da selecção.