Na perspectiva do líder regional do PP, “esse estudo já devia ter sido feito” pelo Governo Regional dos Açores, que alega a necessidade de manter uma discriminação positiva em relação à Madeira, atendendo aos custos acrescidos num arquipélago disperso por nove ilhas.
Neste encontro com os jornalistas, convocado para transmitir a posição do PP/Açores sobre a recente revisão da Lei das Finanças Regionais, Artur Lima discordou das críticas feitas pelo presidente do governo açoriano, para quem a região foi “prejudicada” com a alteração aprovada na Assembleia da República.
“Os Açores não foram prejudicados”, defendeu Artur Lima, frisando que a proposta aprovada na Assembleia da República, da autoria do CDS-PP, assegura que a região “não perde dinheiro”, ao contrário do que aconteceria com a proposta inicial do PSD/Madeira.
Para Artur Lima, o limite de endividamento de 50 milhões de euros aprovado pelo parlamento nacional deve ser interpretado como um “balão de oxigénio” para a Madeira e não como uma forma de resolver o défice do governo liderado por Alberto João Jardim.
Artur Lima criticou ainda o facto de os Açores não terem sido ouvidos em tempo oportuno sobre a revisão da Lei das Finanças Regionais, frisando que “a região tinha de ser ouvida antes da votação”.