“O turismo e as pescas são setores que podem crescer no Corvo, mas não com as atuais condições portuárias”, frisou Paulo Estêvão, na apresentação de um projeto de resolução que o seu partido vai apresentar na Assembleia Legislativa Regional para recomendar ao executivo açoriano a realização desta obra.
O líder regional do PPM, que é também presidente nacional do partido, estima que as obras necessárias, incluindo o prolongamento do cais de 60 para 100 metros de comprimento, custem cerca de 12 milhões de euros, frisando que se trata de um investimento que “fica pago numa década”.
“Com este investimento o governo regional deixaria de ter uma despesa anual de um milhão de euros”, frisou, numa referência à despesa anual para o transporte marítimo de mercadores desde a vizinha ilha das Flores para o Corvo.
Nesse sentido, recordou que “o Corvo é a única ilha que não é diretamente escalada pela frota de oito navios que assegura o transporte de carga entre o território continental e os Açores”.
“As mercadorias são desembarcadas nas Flores e reembarcadas, semanas ou meses depois, para o Corvo. Esta solução não serve a economia local, na medida em que provoca grandes atrasos na entrega das mercadorias e não evita, no inverno, episódicos estrangulamentos no abastecimento de produtos essenciais”, salientou.
Para Paulo Estêvão, a melhoria das condições portuárias no Corvo permitiria ainda que os pescadores locais deixassem de ter a sua atividade condicionada em grande parte do ano, além de possibilitar o desenvolvimento do turismo náutico.
“O interesse regional e o interesse local convergem no sentido de se considerar a necessidade de ampliar, modernizar e diversificar as valências do Porto da Casa”, defendeu Paulo Estêvão, para quem esta obra permitirá à pequena ilha açoriana “entrar num novo ciclo de crescimento económico”.