“A proposta que aqui vos trago tem um enorme potencial simbólico”, destacou Paulo Estêvão, para quem esta descentralização de plenários constituiria “um enorme sucesso para o Parlamento”.
O parlamentar monárquico, eleito pelo círculo do Corvo (a mais pequena ilha dos Açores), assegurou que estes plenários fora da ilha do Faial, onde está a sede da assembleia regional, “não significaria uma despesa acrescida de custos”.
A par desta proposta, que permitiria a muitos açorianos a oportunidade de “acompanhar os trabalhos de um plenário parlamentar”, Paulo Estêvão propôs ainda que, uma vez por legislatura, o parlamento dos Açores reunisse também nas restantes ilhas do arquipélago.
“Este é o grãozinho de areia que o PPM traz a este plenário, no sentido de aumentar a presença do nosso parlamento junto dos açorianos”, destacou.
A proposta apresentada por Paulo Estêvão foi contestada por José San Bento, da bancada maioritária do PS, que acusou o deputado do PPM de estar a tentar fazer “jogos políticos” e a “tirar coelhos da cartola”, afirmando que qualquer proposta relacionada com o funcionamento do órgão máximo da autonomia regional deve ser discutida entre todos os partidos e, se possível, aprovada por unanimidade.
À excepção do PS, todos os restantes partidos com assento parlamentar (PSD, CDS-PP, BE e PCP) consideraram legítima e até razoável a proposta do PPM e manifestaram abertura para a discutir em próximos plenários.
O PPM já anunciou, entretanto, que vai entregar nos serviços da assembleia uma proposta concreta para que o plenário do mês de outubro do parlamento açoriano se realize na cidade de Ponta Delgada, em São Miguel.