“O Governo Regional não quer assumir uma parte do financiamento da RTP/Açores e o Governo da República outorga-se o direito de decidir o que bem entender enquanto tiver de suportar sozinho o esforço financeiro do canal”, frisou Paulo Estêvão, advertindo que a redução da produção própria da RTP/Açores para uma emissão de quatro horas diárias põe em risco a televisão açoriana.
Questionado sobre a decisão do executivo açoriano de recorrer aos tribunais para obrigar a RTP a garantir o cumprimento das obrigações de serviço público de televisão no arquipélago, Paulo Estevão, que é também líder nacional do PPM, manifestou dúvidas quanto à eficácia da iniciativa, alegando a demora dos processos judiciais.
Para Paulo Estevão, o Governo Regional “está a criar um conflito sem saída”, considerando, por outro lado, que o ministro com a tutela da comunicação social, Miguel Relvas, revela uma “perspectiva completamente centralista”.
Nesse sentido, salientou que Miguel Relvas revelou uma “arrogância sem limites” no encontro que teve na segunda-feira em Lisboa com uma delegação do parlamento açoriano.