PPM quer disciplina de História, Geografia e Cultura dos Açores nas escolas da região

O PPM anunciou hoje um conjunto de propostas para a defesa e afirmação da identidade e cultura dos Açores, entre as quais a criação da disciplina de História, Geografia e Cultura açorianas nas escolas do arquipélago.
        As outras propostas, entregues no parlamento regional, são a criação de seleções desportivas dos Açores inscritas nas federações internacionais, a criação de um domínio açoriano de primeiro nível na internet e uma série de medidas para defender, dignificar e promover os “falares” da região, a nível do audiovisual e das escolas.
        Em declarações à Lusa, o deputado monárquico no parlamento dos Açores, Paulo Estêvão, defendeu a criação de uma disciplina no arquipélago em que os alunos aprendam, de forma “estruturada e devidamente calendarizada” qual é a “sua identidade cultural” e “o processo histórico dos Açores”.
        A proposta é, afirmou, fazer algo semelhante ao que acontece nas comunidades autónomas espanholas, em que os alunos têm, por exemplo, disciplinas específicas de história da Catalunha ou da Andaluzia.
        Já a proposta para defender e dignificar os falares açorianos visa, por exemplo, acabar com a legendagem ou dobragem na televisão regional “para português do continente” de formas de falar dos Açores.
        “O PPM defende a proteção e até a promoção institucional dos diversos falares açorianos no âmbito do sistema educativo açoriano e do audiovisual público e subsidiado pela Região. Neste âmbito, propõem-se a salvaguarda da imensa riqueza lexical dos falares açorianos e a manutenção da sua especificidade fonética ao nível das diferentes comunidades insulares açorianas”, defende Paulo Estêvão.
        Também a proposta com vista à criação de seleções desportivas dos Açores segue aquilo que já acontece noutros territórios do mundo sem independência, como o País de Gales, cujas equipas competem em competições internacionais, disse o deputado e líder nacional do PPM.
        O mesmo acontece, referiu, com os domínios de primeiro nível da internet (que no caso de Portugal é .pt), que algumas regiões que integram outros países já possuem ou estão em vias de ter.
        Para Paulo Estêvão, esta “dimensão simbólica” da “afirmação identitária” é fundamental, e “a autonomia [açoriana] demitiu-se das suas responsabilidades nesta matéria.

 

Lusa

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