“As pessoas partem do princípio que sim [que Marcelo se recandidata], mas está longe de ser uma decisão tomada e não será tão depressa. As pessoas confundem as suas previsões e vontades com a minha decisão”, considerou o chefe de Estado, falando na ilha do Corvo, onde hoje passa o ano.
E prosseguiu: “A única coisa que digo, e está a começar a chover, sinal divino para que abreviemos a conversa, é que é prematuro falar, tenho ouvido os comentadores todos terem como definitivo que sou candidato. Mas isso é a opinião deles, não a minha opinião. Quem vai decidir sou eu”.
Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o apoio dado a uma eventual recandidatura por Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, candidatos a presidente do PSD, mas o Presidente da República reiterou que a decisão só deverá ser tomada no final de 2020.
O chefe de Estado aterrou hoje pelas 13:40 dos Açores (14:40 em Lisboa) na ilha do Corvo, mostrando-se otimista para a noite de fim de ano que vai passar junto dos cerca de 450 habitantes da ilha.
Falando aos jornalistas à chegada, o chefe de Estado revelou que a ideia é passar o fim de ano na ilha do Corvo surgiu do antigo presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que é açoriano.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Corvo acompanhado pelo presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, e à sua espera tinha algumas dezenas de habitantes da terra, aproveitando os primeiros minutos na ilha para tirar algumas fotografias e beber uma imperial, que o próprio tirou na sua passagem pelo restaurante Caldeirão, a escassos metros da aerogare.
Este ano, e pela primeira vez, a mensagem de Ano Novo do Presidente da República é transmitida a partir do Corvo, nos Açores, onde Marcelo Rebelo de Sousa faz a sua passagem de ano, com os habitantes da ilha açoriana, a 1.890 quilómetros de Lisboa.
Eleito em 24 de janeiro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse em 09 de março e fez a sua primeira mensagem aos portugueses, através da televisão, em 01 de janeiro de 2017.
Lusa