Praga das térmitas alastra em Angra do Heroísmo

termitasA praga das térmitas continua a “alastrar de forma inexorável” na cidade de Angra do Heroísmo, conclui um relatório de cientistas da Universidade dos Açores, depois de terminado um período de monitorização.
As térmitas são uma espécie que se alimenta das madeiras, corroendo completamente as estruturas das habitações.

“Os resultados mostram que, cinco anos depois sobre a primeira monitorização, a praga continua a alastrar, pelo que se aconselha uma campanha de sensibilização junto da população para minimizar o problema da dispersão”, refere o documento.

O relatório, elaborado por uma equipa de investigadores do Grupo de Biodiversidade do Departamento de Ciências Agrárias, liderado por Paulo Borges, adianta que foram colocadas cerca de três mil armadilhas nas ruas e habitações, em 11 artérias do perímetro urbano de Angra do Heroísmo.

“As armadilhas capturaram 71.342 térmitas, das quais 7.363 na via pública e 63.979 no interior das habitações, o que leva a concluir, por estimativa, que terá sido evitada a criação de 35.671 novas colónias”, referem os investigadores.

Segundo o estudo, “é no centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo [classificada como Património Mundial] que se localiza o maior nível de infestação”.

Por seu lado, Andreia Cardoso, presidente da autarquia, garantiu que “os habitantes vão receber as conclusões do estudo”, acrescentando que, “em conjunto com as juntas de freguesia, será efectuada sensibilização porta a porta e serão fornecidas, gratuitamente, armadilhas de monitorização”.

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