Preço dos combustíveis arrasta SATA para o prejuízo

sataConsiderando as recentes evoluções do preço do combustível e das expectativas para o tráfego, as previsões para este ano indicam um “resultado operacional marginalmente positivo”, todavia extremamente dependente da evolução dos índices de tráfego e da evolução do preço do combustível e do câmbio euro-dólar, refere o Grupo SATA, cujas cautelas estão também intimamente ligadas aos resultados de 2008, agora divulgados, que apontam para um resultado negativo consolidado de 2.9 milhões de euros.

“Os resultados operacionais do Grupo SATA foram afectados, sobremaneira, pelo aumento dos custos de combustível verificados em ambas transportadoras, em particular na SATA Internacional”, esclarece a administração, que especifica: “os custos operacionais da SATA Internacional relacionados com o combustível, aumentaram, por comparação com o exercício de 2007, cerca de 18 milhões de euros, o que reflecte, essencialmente, um efeito preço e não quantidade”.

De acordo com a administração, a escalada do preço do jet fuel ocorreu com especial acuidade no terceiro trimestre – quando o preço do jet fuel atingiu os 147 dólares barril – o que coincidiu com o período de maior actividade, por força da sazonalidade da operação, notoriamente concentrada no Verão IATA, quando a SATA Internacional apresenta maior número de voos, nomeadamente de longo curso da frota A310, mais intensivos energeticamente portanto. 

De salientar ainda a descida do tráfego registada no último trimestre de 2008, devido à conhecida deterioração da conjuntura económica. Com efeito, o Grupo SATA transportou no ano passado 1,5 milhões de passageiros, menos 17 mil que em 2007. Quanto ao ano de 2009, ficará também marcado pelo começo do processo de renovação da frota da SATA Air Açores, com a entrada ao serviço de dois Bombardier Q200 e de um quarto Airbus A320-200.

 

 

Pedro Lagarto

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