Os preços da gasolina e do gasóleo nos Açores vão descer 11 e 10 cêntimos, respetivamente, ainda este mês, devido a um apoio criado pelo Governo Regional, disse hoje o presidente do executivo, José Manuel Bolieiro.
Em declarações à agência Lusa, o líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) indicou que, face à “instabilidade do preço dos combustíveis”, foi assegurado um “acordo com as revendedoras” para fazer descer o preço da gasolina e do gasóleo.
“Estamos a iniciar esse processo. Terei um Conselho de Governo na quarta-feira para fazermos este ajustamento nesse sentido e para que possam, até ao limite do dia 18 de abril, estar em vigor estes descontos de 11 cêntimos para a gasolina e 10 cêntimos para o gasóleo”, anunciou.
Apesar de na região o preço dos combustíveis ser atualizado mensalmente, Bolieiro insistiu em que a implementação da medida vai decorrer no “limite até 18 de abril”.
O chefe do executivo afirmou que o objetivo é assegurar preços “adequados à economia” regional, lembrando que o aumento no valor dos combustíveis provoca “graves constrangimentos” na “capacidade produtiva” e nos “utilizadores em geral”.
“É um apoio ao utilizador, ao consumidor, que logo que vai atestar o depósito do seu veículo tem o desconto. Depois, esse desconto, obviamente que devidamente contabilizado, é apoiado por parte da região [com o pagamento] aos respetivos revendedores. Isso já está articulado com eles”, declarou.
O preço por litro do gasóleo aumentou este mês nos Açores 14,8 cêntimos e o da gasolina 95 subiu 14,6 cêntimos.
Atualmente, no arquipélago, o preço por litro da gasolina 95 está fixado em 1,800 euros por litro e o do gasóleo rodoviário em 1,676 euros.
Segundo o “desconto” anunciado por Bolieiro, um litro de gasolina vai passar a custar 1,69 euros, enquanto o preço por litro do gasóleo ficará fixado em 1,57 euros.
A agência Lusa questionou também o presidente do Governo Regional sobre as declarações do deputado do Chega no parlamento açoriano José Pacheco, que anunciou o fim do acordo que suporta o executivo, mas José Manuel Bolieiro não quis fazer qualquer comentário.
Lusa