A preservação das baleias vai ser discutida, a partir de hoje, na ilha da Madeira, mais propriamemte, no Funchal, em reunião plenária da Comissão Baleeira Internacional.
Durante quatro dias, especialistas internacionais vão abordar o tema, 30 anos depois de ter sido suspensa a caça à baleia nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, apostando-se, agora, no Whalewatching, como fonte de rendimento.
O encontro tem como objectivo, precisamente, aproximar os defensores e os opositores mundiais da caça á baleia, no intuito de se criar um modelo de gestão de interesses que sirva aos adeptos e contestatários dessa prática.
A reunião conta com a presença dos partidários mais influentes da caça à baleia, como o Japão, que efectua a actividade sob o pretexto de fins científicos, a Islândia e a Noruega, com fins comerciais, países que têm defendido a alteração à moratória que proíbe a referida prática e que extingue cerca de 2 mil baleias, por ano.
Portugal foi um país historicamente baleeiro, onde a actividade constituía um reforço à subsistência, mas conseguiu operar a sua transformação na perspectiva da conservação da espécie, da qual tira proveito económico com a observação de baleias.
Do programa da reunião do Funchal, consta também a abordagem de temas relacionados com os métodos e as quotas de caça de subsistência para as populações aborígenes, as implicações económicas, as infracções e a criação de um santuário de baleias no Atlântico Sul, há anos defendida pelo Brasil.