“O município tem, cada vez mais, limites impostos pelas condições económicas e financeiras do país”, frisou o social-democrata José Manuel Bolieiro, salientando a necessidade de “encontrar as melhores maneiras de fazer mais e melhor com uma utilização mais adequada dos recursos disponíveis”.
José Manuel Bolieiro, que assumiu a presidência deste município dos Açores a 1 de agosto na sequência da renúncia de Berta Cabral, destacou a importância de uma “maior e mais eficaz coordenação entre os vários serviços da autarquia, principalmente em tempo de crise”.
“Devemos procurar gerir a despesa pública em função das principais e reais necessidades e não em função de hábitos ou de pseudocertezas pré-estabelecidas”, afirmou, considerando que “há muito a fazer para rentabilizar” e “melhor aproveitar os dinheiros públicos alocados a todos os setores”.
O autarca, que falava na cerimónia comemorativa do 2.º aniversário da Polícia Municipal de Ponta Delgada, assegurou que a proteção das pessoas e do património público municipal é uma “prioridade”, destacando a “excelência” desta força policial, que tem “o desafio de garantir a constância da qualidade do desempenho”.
Por seu lado, Alberto Peixoto, comandante da Polícia Municipal, destacou o facto de esta força policial ser “um modelo e exemplo a nível nacional”, frisando a importância de “manter os parâmetros de excelência”.
“Não podem ser as restrições orçamentais, o corte no valor das horas extra ou a redução do tempo extra de compensação que nos farão perder a nossa referência principal, ou seja, servir o público”, frisou.
Na sua intervenção, Alberto Peixoto revelou que a Polícia Municipal de Ponta Delgada registou em dois anos de atividade 165.694 intervenções, que assumiram “em cerca de 98 por cento dos casos uma forma preventiva e pedagógica”.
“Em matéria de trânsito, a Polícia Municipal presenciou 18.041 infrações ao Código da Estrada, mas só em 2.264 casos houve necessidade de atuação devido a reincidência”, salientou.
Lusa