Presidente do Governo açoriano garante que Cineteatro Miramar não vai ser vendido

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, garantiu hoje que o executivo regional determinou que o Cineteatro Miramar, localizado em Rabo de Peixe, não vai ser vendido, considerando que o “assunto está resolvido”.

“Não percebo como surgiu a polémica. Nunca esteve no plano do Governo [Regional] aquela alienação. Nós somos os acionistas maioritários [do Teatro Micaelense] e portanto já está determinado que não haverá alienação”, afirmou o líder regional aos jornalistas, durante a Bolsa de Turismo de Lisboa.

Na terça-feira, o BE/Açores entregou no parlamento regional uma proposta para que o Cineteatro Miramar, que pertence ao Teatro Micaelense, não seja alienado do património da região, alegando que a eventual venda “será um duro golpe” para a vila piscatória.

A venda em hasta pública do Cineteatro Miramar consta da ordem de trabalhos da Assembleia Geral do Teatro Micaelense, marcada para 28 de março, segundo revelou a Antena 1/Açores.

Várias personalidades e entidades sociais e culturais, incluindo a Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, têm manifestado oposição à eventual alienação do Cineteatro Miramar.

Hoje, a propósito daquele cineteatro, Bolieiro assegurou um “bom diálogo” e uma “boa concertação” entre o conselho de administração do Teatro Micaelense, liderado por Maria José Duarte, e os “interesses do poder local”, como a Câmara Municipal da Ribeira Grande e a freguesia de Rabo de Peixe.

“É uma polémica que não existe. É um assunto que está naturalmente resolvido”, vincou.

Foi lançada uma petição pública, que conta com mais de 1.000 assinaturas, contra a possível venda do Miramar em hasta pública, um imóvel que foi “adquirido com dinheiro da região e remodelado com verbas comunitárias”.

“Não concordamos com essa decisão que nos parece ter sido tomada de ânimo leve”, lê-se na petição destinada ao presidente do parlamento açoriano, sublinhando que o equipamento “tem prestado relevantes serviços à comunidade em que se insere bem como a toda a região, na qual escasseiam as salas de média dimensão destinadas às artes performativas”.

Além de um auditório com capacidade para 120 pessoas, com condições para acolher diversos espetáculos de palco e a projeção de filmes, no edifício do Cineteatro Miramar existe também uma biblioteca e ludoteca, e é também este espaço que acolhe a Escola de Música de Rabo de Peixe, assinala o partido.

 

 

Lusa

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