A presidente do parlamento dos Açores, Ana Luís, sustentou esta segunda feira que o Dia da Região, assinalado esta manhã, homenageia este ano não individualidades, mas a “unidade” do povo açoriano no combate à covid-19.
“Hoje, não haverá lugar à imposição de Insígnias Honoríficas Açorianas, a nossa homenagem não será atribuída à individualidade. Hoje, a nossa homenagem evoca a coletividade, a unidade de um povo e a força da nossa região”, defendeu Ana Luís.
O formato desenhado entre a presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, os diferentes grupos parlamentares e o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, contemplou apenas intervenções de ambos, a partir da Horta, onde fica a sede do parlamento, e de Ponta Delgada, onde funciona a presidência do executivo, tendo estas sido transmitidos ‘online’ e através da TV e rádio públicas.
Na sua intervenção, a presidente dos deputados açorianos homenageou “todas as açorianas e açorianos que enfrentaram esta crise pandémica desde a primeira hora e que, de rosto erguido e mangas arregaçadas, se preparam para enfrentar o futuro”.
Afirmando que as consequências decorrentes da covid-19 “causaram uma brusca alteração” dos comportamentos e colocaram em perspetiva a vida, a presidente disse que “essas consequências tiveram, e terão com certeza, repercussões económicas que ainda não podemos calcular e testaram a nossa capacidade de resposta ao nível da saúde e da educação, para salientar apenas dois dos pilares fundamentais da nossa sociedade”, vincou Ana Luís.
Perante “toda esta situação”, prosseguiu, “é natural que o receio e a incerteza sejam sentimentos comuns”, mas “o caminho é de esperança, com a “consciência que é na união e na corresponsabilidade” que se encontrará o “equilíbrio esperado”.
E concretizou: “Esta luta que é de todos e que nos afeta a todos, deve impelir-nos à cooperação e não permitir que este sentimento de receio nos conduza a comportamentos individualistas e descomprometidos. Ao sentimento de medo, temos de saber contrapor o sentimento de confiança”.
O Dia dos Açores foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980, visando celebrar a autonomia política e administrativa da região, sendo celebrado na segunda-feira do Espírito Santo, também conhecida por Dia do Bodo ou Dia da Pombinha, devido à forte implantação destas festividades nas comunidades açorianas.
Lusa