Presidente do PPM diz que há “fosso ideológico” com o PSD

paulo-estevaoO presidente do PPM, Paulo Estevão, afirmou hoje estar em “profundo desacordo” com a maior parte do programa eleitoral do PSD, admitindo que existe um “fosso ideológico” que separa atualmente os dois partidos.

“Estou em profundo desacordo com dois terços do programa eleitoral do PSD”, afirmou Paulo Estevão, acrescentando que “cavou-se um fosso ideológico muito grande” entre PSD e PPM.

Paulo Estevão, que tinha admitido anteriormente uma coligação entre PSD, CDS/PP e PPM, falava numa conferência de imprensa na Horta, Faial, onde apresentou o programa eleitoral que os monárquicos apresentam ao eleitorado para as eleições de 5 de junho.

Para o PPM é necessário o “congelamento” do aumento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, já que a redução de verbas na educação não permite alcançar esse objetivo traçado pelo governo.

“No setor da educação está prevista uma redução de 200 milhões de euros e eu pergunto como é possível implementar a escolaridade obrigatória até aos 18 anos com uma redução tão substancial de verbas”, afirmou o líder do PPM, acrescentando que o seu partido defende o “congelamento do aumento da escolaridade obrigatória.

O presidente do PPM, que é também líder regional do partido nos Açores, defendeu, por outro lado, a necessidade de “redirecionar” as verbas afetas à Defesa Nacional, diminuindo a logística junto da fronteira com Espanha, para reforçar a fiscalização da Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores.

“O essencial do esforço militar deve ser feito na ZEE e na área de expansão da plataforma continental, que, juntas, somam uma área de quatro milhões de quilómetros quadrados, que é sensivelmente metade da área dos EUA”, afirmou.

Para Paulo Estêvão, o reforço de meios que é necessário na Força Aérea e na Marinha para o aumento da fiscalização nesta zona marítima deve ser feito à custa da redução das verbas no Exército.

A fusão das forças policiais, como a PSP, a GNR, o SEF e a Polícia Marítima, é outra das propostas que o PPM apresenta no seu programa eleitoral e que visam a redução de despesas do Estado.

Paulo Estevão criticou ainda o “défice crónico de médicos” que existe no Serviço Nacional de Saúde, onde estão a exercer cerca de três mil médicos estrangeiros.

A solução, segundo o líder do PPM, passa pelo aumento de licenciaturas em Medicina.

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