Presidente do PS-M apela a entendimento entre governos da República e Regional

O presidente do PS-M, Jacinto Serrão, apelou hoje ao entendimento entre os governos da República e Regional para um “bom desfecho” nas negociações sobre a revisão da Lei das Finanças Regionais.

Jacinto Serrão fez este apelo na sessão de encerramento do XVI Congresso Regional do PS-M que o consagrou como presidente do partido, tarefa que disse esperar cumprir de modo a que o partido saia vencedor nas eleições legislativas regionais de 2011.

“Através deste Congresso faço um apelo a todos – apelo ao governo Regional da Madeira, ao Governo da República e ao próprio PS a nível nacional, que se deixem de alguns comportamentos que inviabilizam um desfecho positivo em trono deste problema”, disse.

Continuando, Jacinto Serrão salientou que “o interesse da Madeira e dos madeirenses não se compadece com a irresponsabilidade e com os insultos permanentes do Governo Regional ao governo da República mas também não se compadece com algumas teimosias do ministro das Finanças”.

 

Para o líder do PS-M, “se houver diplomacia, se houver capacidade de diálogo por parte do Governo Regional e humildade em reconhecer este erro, estou certo que se for ao continente negociar e explicar muito bem que errou e que esse erro tem prejudicado a madeira há muitos anos, mesmo nas negociações com a União Europeia, estou certo que terá um bom acolhimento a nível nacional por parte do Governo da República”.

“Mas o Governo Regional tem que assumir a humildade que errou e que andou a enganar os madeirenses e o país usando um PIB empolado, usando um indicador que não é o mais ajustado à realidade sócio-económica da Madeira”, sublinhou.

 

Jacinto Serrão disse querer um partido “aberto aos militantes, aberto à sociedade e ao serviço da autonomia e da Região”, lembrando que Portugal é “um país com duas regiões autónomas e cada uma delas tem as suas especificidades próprias e devem ser respeitadas pelo Estado e entre elas”.

“A este propósito adianto ao nosso camarada e presidente do partido, Almeida Santos, que transmita ao PS a nível nacional – e eu também terei oportunidade de o fazer – que desejo um bom relacionamento institucional com o partido e com toda a estrutura a nível nacional na base da matriz de valores e princípios que nos une”.

Mas Jacinto Serrão recordou que o PS-M “tem autonomia e vai afirmar o seu caminho e as suas políticas na defesa do superior interesse da Região independentemente das estratégias de natureza política que o PS, a nível nacional, vá tomando”.

 

Ao elogio de Almeida Santos à obra de Alberto João Jardim, o presidente do PS-M alertou que “nem tudo o que reluz é ouro” e que durante as três décadas da sua governação “há falhanços clamorosos”.

Jacinto Serrão anunciou que o partido vai elaborar um novo programa de governo a apresentar ao eleitorado que terá como “centralidade” as pessoas e o combate à pobreza, exclusão social, o apoio aos jovens, o combate ao desemprego, a aposta na Educação, um sistema de Saúde mais eficiente e mais barato e uma economia moderna baseada na formação, inovação e nas novas tecnologias e na redução dos custos de comunicação e dos transportes marítimos e aéreos.

 

O congresso elegeu como presidente da Comissão Regional, Bernardo Trindade, presidente da Comissão Regional de Jurisdição, Gregório Gouveia, e presidente da Comissão Regional de Fiscalização Económica e Financeira, Américo Pereira.

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